Estou no comboio a olhar pela janela e vejo a rua cheia
de luzes e movimento. Começo a pensar no que representa cada uma daquelas
distantes luzes… Luzes, carros, trânsito, pássaros a voar… O mundo não pára!
Tanta gente que não conheço, nunca vi nem nunca irei conhecer ou ver, tantas
vidas, tantas histórias, tantas tristezas e tantas alegrias.
As nuvens passam, as árvores dançam ao ritmo do vento,
as luzes acendem e apagam, os carros provocam filas na estrada e buzinam,
ouvem-se burburinhos… Tantas vidas que chegam e vão todos os dias, todas
as horas… a vida é assim, é como o mundo, não pára!
Olho para dentro e no comboio passa-se o mesmo
cenário. Tantas pessoas que nunca vi e outras que até vejo todos os dias.
Semblantes alegres e outros carregados pelo cansaço, o stress ou a tristeza.
Não vejo gargalhadas, risos ou simples sorrisos. Vejo pessoas gastas e enfadas
pela vida, sem entusiasmo… este é o mesmo cenário que vejo no comboio todos os
dias, com ou sem as mesmas pessoas.
Somos tantos, tantos neste mundo. Somos formiguinhas
neste planeta gigante. A maioria das pessoas nunca nos viu nem nunca ouvirá
falar de nós. Somos um pontinho minúsculo que nada muda. Podemos ser o
mundo para alguns, mas não somos nada para o mundo.
Passamos a vida em stress e a pensar no que temos de
fazer a seguir por obrigação e não aproveitamos nada do que temos. Às vezes é
necessário apanhar um susto para percebermos a sorte que temos e o quão frágil
e delicada é a nossa passagem pela vida. Do nada tudo pode desaparecer e isto é
tudo tão curto… Vamos aproveitar e respirar fundo! A vida é só uma e é
maravilhosa!
imagem do aeiou.pt
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